IV Jornadas NEMI – UNL
Portugal, 2023
Mesa Temática do Grupo de Trabalho Música e Periódicos ARLAC/IMS:
“Música e Periódicos: Uma Visão da América Latina e Caribe”
Maria Alice Volpe (UFRJ e ABM), coord.
Expositores:
Argentina: Silvia Lobato (UNQ) e Silvia Susana Mercau (UNCuyo)
Brasil: Maria Alice Volpe (UFRJ e ABM), Martha Tupinambá de Ulhôa (UNIRIO) e Mário Alexandre Dantas Barbosa (CPII e UFRJ)
Chile: Cristián L. Guerra Rojas (UCh)
Colombia: Jaime Cortés Polanía (UNAL) e Francisco José Castillo (UDistrital)
Cuba: Ivette Céspedes Gomez (UFRJ e UCM / CAPES)
México: Yael Bitrán Goren (CENIDIM) e Paulina Molina Díaz (UAM-I)
Os estudos sobre a música na imprensa periódica têm despertado crescente interesse na musicologia. Os diversos enfoques ao longo das décadas – em que inicialmente predominaram o interesse pela crítica musical, o surgimento das revistas musicais especializadas e as coleções seriadas de partituras impressas – têm descortinado novas possibilidades pelas quais a imprensa periódica é abordada não somente como uma, dentre muitas, fontes históricas da pesquisa musical, mas passa a constituir-se como objeto de estudo, que deve ser problematizado. As pesquisas nesse campo têm demonstrado substancial desenvolvimento na América Latina e Caribe, impulsionadas desde as primeiras iniciativas de organizar as coleções hemerográficas em seus respectivos países e, ainda mais recentemente, pela crescente disponibilização dos periódicos em formato digital. Cabe ressaltar, entretanto, que as condições de acesso às fontes hemerográficas diferem nas inúmeras instituições, assim como a quantidade de pesquisas musicológicas realizadas sobre tais fontes. Esta mesa temática do Grupo de Trabalho Música e Periódicos - ARLAC/IMS visa discutir “o estado da arte” nos diversos países da América Latina e Caribe, ao levar em consideração a bibliografia existente e compartilhar algumas experiências de pesquisa. Apresenta sete comunicações de representantes da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, México e Venezuela que proporcionarão recortes distintos, devido às especificidades, tanto do desenvolvimento desse campo de pesquisa em suas respectivas localidades, quanto da inevitável delimitação do campo de interesse de cada pesquisador. Identificar e debater os pontos de convergência e de divergência das pesquisas nos diversos países é parte fundamental do processo que levará ao cumprimento da missão deste Grupo de Trabalho, que tem como objetivos: formular metodologias, debater questões críticas e desenvolver abordagens interdisciplinares em perspectivas micro- e macro-históricas, locais e transnacionais. Espera-se ainda que esta visão da América Latina e Caribe renove a interlocução com as pesquisas desenvolvidas em Portugal, Espanha e demais países.
Apresentação geral do GTMP-ARLAC/IMS pela coordenadora Maria Alice Volpe
Resumo
O GTMP foi criado no IV Congresso ARLAC /IMS em Buenos Aires, novembro de 2019, com o intuito de reunir os pesquisadores espalhados nos diversos países em torno de interesses afins e propiciar o desenvolvimento de equipes de pesquisa e cooperação interinstitucional. A missão do Grupo de Trabalho “Música e Periódicos” ARLAC/IMS é promover o conhecimento sobre a música nas publicações periódicas dos diversos países da América Latina e Caribe, e suas inter-relações culturais com outros continentes, especialmente Europa e América do Norte. Compreende os jornais, magazines, revistas especializadas e as diversas publicações seriadas, tanto como fonte de pesquisa quanto como objeto de estudo. Tem como objetivos formular metodologias, debater questões críticas e desenvolver abordagens interdisciplinares em perspectivas micro- e macro-históricas, locais e transnacionais. Atualmente o GTMP conta com 40 membros. Tem participado de diversos eventos científicos. Seu site contém informações, notícias e produção intelectual de seus membros https://www.gtmp-arlac-ims.org/. O canal do Youtube disponibiliza os vídeos de palestras, congressos, defesas de tese, reuniões etc. https://www.youtube.com/@gtmparlac-ims781
A música nos periódicos fluminenses do século XIX, entre metodologias e interdisciplinaridades
Maria Alice Volpe (Universidade Federal do Rio de Janeiro e Academia Brasileira de Música)
Martha Tupinambá de Ulhôa (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) e Mário Alexandre Dantas Barbosa (Colégio Pedro II e Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Resumo
A música na imprensa periódica no Brasil tem-se demonstrado fonte histórica com tamanha diversidade de conteúdo que suas abordagens têm exigido crescente interdisciplinaridade. A musicologia tem se engajado intensamente com a história social, econômica, cultural, os estudos literários, a história da arte e a iconografia. A pesquisa contínua que desenvolvemos desde a década de 1990, experimentou os diversos meios (impressos, microfilmes, digital) e ferramentas de busca, e passou pelas substanciais mudanças de acessibilidade trazidas pelas novas tecnologias da informação. Temos desenvolvido metodologias para lidar com os desafios. Volpe publicou pela Biblioteca Nacional do Brasil, em 2022, uma metodologia que busca uma visão sistêmica dos diversos aspectos do periodismo musical: a crítica musical em si, e suas questões conceituais, estéticas, estilísticas e ideológicas; e também os projetos editoriais dos periódicos nos quais a música estava inserida; mapear a produção textual e reconhecer o perfil intelectual e posicionamento daqueles que atuaram como críticos musicais; estabelecer um dicionário de pseudônimos; compreender as redes de sociabilidade estabelecida entre os intelectuais, os artistas e os diversos agentes institucionais, culturais e políticos; o comércio musical de partituras, livros, instrumentos e serviços; o campo profissional; as instituições ligadas à música; a circulação de repertórios, estilos, companhias dramático-musicais, musicistas e profissionais diversos relacionados à atividade musical; e mais uma infinidade de possibilidades. A partir de uma classificação dos periódicos em quatro grupos - (I) periódicos especializados em música; (II) periódicos de ciências, letras, artes, política e variedades; (III) a imprensa de notícias diárias; e (IV) coleções periódicas de partituras musicais – Volpe apresentará a aplicação da referida metodologia em alguns casos do século XIX. Barbosa fará a exposição de sua abordagem para o rastreamento da Revista Musical e de Bellas Artes (RJ, 1879-1880) nos demais periódicos brasileiros. Ulhôa discutirá a valsa e a polca na crítica diletante de José de Alencar e Machado de Assis.
La música en la revista Cine Cubano (1960-1965)
Ivette Céspedes Gomez (Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidad Complutense de Madrid / Sob os auspícios da CAPES)
Resumo
El cine fue un medio crucial en el proceso de circulación de la música de vanguardia en Cuba. Dicha afirmación, reiterada por varios investigadores, es apoyada casi exclusivamente en la audiovisión (CHION,1993) analítica de la filmografía. Esta ponencia, desde otra perspectiva, opta por el sustento documental y metodológico de la investigación hemerográfica, para explicar la “fortaleza de los lazos discursivos” (CASCUDO, 2014, p. ii) que se establecieron entre la música, la prensa y el cine cubano. El presente trabajo forma parte de una investigación en desarrollo que tiene como objetivo cartografiar las referencias musicales en la revista Cine Cubano (1960-1990). En esta oportunidad comprenderemos el papel mediador de Cine Cubano en la puesta en circulación de ideas musicales relativas a la vanguardia musical en Cuba (1960-1965). Los actores de la “retaguardia” y de la vanguardia encontraron en esta plataforma un espacio de convergencia. El análisis por capas de la discusión sobre la pertinencia de los lenguajes de la vanguardia musical en el cine y su respaldo por parte de todos los músicos interpelados en 1964 permitió entrever las fisuras del campo musical entre los alineados con la vanguardia y con la retaguardia musical. En este sentido, esa unanimidad y cohesión fue un resultado configurado por el interés institucional en apoyar y legitimar las expresiones de vanguardia en Cuba.
Escribir sobre música, entre los Andes y Buenos Aires. De la crítica musical aficionada a la profesionalización (1900-1950)
Silvia Susana Mercau (Universidad Nacional de Cuyo, Argentina)
Silvia Lobato (Universidad Nacional de Quilmes, Argentina)
Resumo
En Argentina, los estudios sobre música y prensa periódica se incrementaron en las últimas dos décadas, en los ámbitos musicológicos de diversas regiones del país, fruto de proyectos de investigación y publicaciones de variado tipo que constituyen una fuente histórica valiosa para la reconstrucción del pasado musical y cultural. Tanto en las colecciones de periódicos de la prensa diaria como en revistas culturales, femeninas y especializadas en música de los siglos XIX y XX, atesoradas en hemerotecas y archivos de instituciones públicas y privadas, se incluyen artículos de crítica musical. Desde los primeros escritos sobre música de aficionados a la progresiva profesionalización, todos proporcionan abundante información sobre obras, compositores y compositoras, prácticas musicales interpretativas, recepción y circulación de repertorios de diversos géneros y estilos de gran significación social, cultural y estética, en el período histórico señalado. Esta presentación expone un acercamiento al tema, no exhaustivo, con énfasis en la crítica sobre las prácticas musicales en la región de Cuyo y Buenos Aires, a partir del trabajo de equipos y proyectos de investigación radicados en dichas regiones.
Criticando e historiando la crítica musical en Chile: revisión de seis textos (1946-2013)
Cristián Leonardo Guerra Rojas (Universidad de Chile)
Resumo
Hasta hoy no existe ningún estudio integral acerca de la crítica musical en la prensa periódica o en las revistas académicas en Chile, desde ningún enfoque. Si nos limitamos a la música académica, encontramos solamente algunos aportes puntuales, realizados desde diferentes puntos de vista, que constituyen antecedentes para esa investigación que, esperemos, algún día se realice. En esta presentación se revisan seis textos procedentes de publicaciones académicas chilenas entre 1946 y 2013 donde la crítica musical ejercida en Chile es objeto de estudio, escritos por distintos autores: Domingo Santa Cruz (1946), Gustavo Becerra-Schmidt (1967), Carmen Peña (1999), Christian Spencer (2004), Cristián Guerra (2008) y Javier Osorio (2013). Se identifican conceptos, problemas, nombres y se proponen perspectivas de futuros y necesarios estudios.
La crónica, el comentario y la crítica musical en Colombia: prácticas discursivas sin historia
Jaime Cortés Polanía (Universidad Nacional de Colombia, sede Bogotá)
Francisco Castillo (Universidad Nacional de Colombia, sede Bogotá / Universidad Distrital "Francisco José de Caldas")
Resumo
Esta presentación plantea algunos de los principales problemas en el estudio histórico sobre la crónica, el comentario y la crítica musical en Colombia. A su vez, ofrece un breve esbozo del estado de la cuestión. Aunque incipiente y siempre marginal, constituye un campo de investigación cuyo aporte tiene el potencial de dislocar las concepciones más asentadas sobre unas prácticas discursivas cuya existencia e impacto se han cuestionado y desvirtuado en varias ocasiones en el contexto colombiano.
Escribir sobre música en la prensa. Presencia de las mujeres en el espacio público en México a finales del siglo XIX
Yael Bitrán Goren (Centro Nacional de Investigación, Documentación e Información Musical Carlos Chávez del Instituto Nacional de Bellas Artes y Literatura / Facultad de Música de la Universidad Nacional Autónoma de México)
Paulina Molina Díaz (Universidad Autónoma Metropolitana, Iztapalapa)
Resumo
La ponencia expone la experiencia de tres mujeres críticas musicales, Fanny Heron, Victoria González y Alba Herrera y Ogazón, quienes laboraron en la prensa en México, en ese periodo. Se abordan los espacios donde escribieron y la importancia que dieron a ciertos aspectos musicales. Proponemos que estas autoras ejercieron la crítica musical en una diversidad de textos incluyendo cartas, columnas de moda o formatos varios en distintas revistas y periódicos.Su labor como críticas se vio enfrentadas al hecho de ser mujeres, lo cual sembró de obstáculos su devenir. Fueron pioneras que lograron abrir espacios para ellas mismas y las subsecuentes mujeres que se aventuraron en la crítica musical en México.